quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ganhamos dos tucanos nas urnas, agora para aprofundar as mudanças é hora de ganhar as ruas


No Brasil, a tendência para enfrentar a inflação é arrochar os salários já corroídos pelo dragão que vem sendo anunciado como propaganda diariamente nos jornais do Partido da Imprensa Golpista (Globo, Folha, Veja e companhia) na tentativa de pautar a necessidade de cortar gastos, no entendimento do mesmo PIG, diminuir investimentos sociais. Na educação, o PIG propõe como melhoria arrochar os professores com formação continuada e avaliação de desempenho (até aí tudo bem) sem aumento do salário (aí o bicho pega). Apenas um bônus para heróis, ou seja, aqueles professores que sacrificam sua própria vida literalmente dando aula com seus parcos recursos. Enquanto isso, nosso futuro secretário de educação Átila Lira pede paciência a classe docente piauiense afirmando que infelizmente não vai ter aumento de salário nos primeiros seis meses desse ano, mas avaliar o desempenho do docente, isso vai ter. Diante de uma perspectiva de um 2011 arrochado para a classe trabalhadora, a mesma que votou em Dilma (PT) para presidente do Brasil e Wilson (PSB) para governar o Piauí, é necessário que os movimentos sociais façam uma avaliação de como deve proceder no pós-Lula e pós-Wellington. Pressão para aprofundar mudanças sociais pode ser um indicativo, afinal de contas, ganhamos dos tucanos nas urnas, agora é hora de ganhar as ruas. Os movimentos sociais devem retomar o protagonismo das mudanças sociais. Isso não significa movimentos coorporativistas, restrito a categorias dispersas, mas amplos e temáticos, visando o aprofundamento democrático da sociedade e do Estado brasileiro. Movimentos exigindo mais recursos para educação, assistência, cultura e saúde. Movimentos exigindo enfrentamento sério da corrupção. Ganhar as ruas não apenas com palavras de ordem, mas com propostas e iniciativas políticas transformadoras. Governos geralmente reagem, mas do que agem. Nesse sentido, vamos induzir os atuais governos a progredirem com ações mais impactantes do que o de Lula e Wellington Dias, pois se assim não procedermos, retrocessos podem ocorrer.

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