quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ganhamos dos tucanos nas urnas, agora para aprofundar as mudanças é hora de ganhar as ruas


No Brasil, a tendência para enfrentar a inflação é arrochar os salários já corroídos pelo dragão que vem sendo anunciado como propaganda diariamente nos jornais do Partido da Imprensa Golpista (Globo, Folha, Veja e companhia) na tentativa de pautar a necessidade de cortar gastos, no entendimento do mesmo PIG, diminuir investimentos sociais. Na educação, o PIG propõe como melhoria arrochar os professores com formação continuada e avaliação de desempenho (até aí tudo bem) sem aumento do salário (aí o bicho pega). Apenas um bônus para heróis, ou seja, aqueles professores que sacrificam sua própria vida literalmente dando aula com seus parcos recursos. Enquanto isso, nosso futuro secretário de educação Átila Lira pede paciência a classe docente piauiense afirmando que infelizmente não vai ter aumento de salário nos primeiros seis meses desse ano, mas avaliar o desempenho do docente, isso vai ter. Diante de uma perspectiva de um 2011 arrochado para a classe trabalhadora, a mesma que votou em Dilma (PT) para presidente do Brasil e Wilson (PSB) para governar o Piauí, é necessário que os movimentos sociais façam uma avaliação de como deve proceder no pós-Lula e pós-Wellington. Pressão para aprofundar mudanças sociais pode ser um indicativo, afinal de contas, ganhamos dos tucanos nas urnas, agora é hora de ganhar as ruas. Os movimentos sociais devem retomar o protagonismo das mudanças sociais. Isso não significa movimentos coorporativistas, restrito a categorias dispersas, mas amplos e temáticos, visando o aprofundamento democrático da sociedade e do Estado brasileiro. Movimentos exigindo mais recursos para educação, assistência, cultura e saúde. Movimentos exigindo enfrentamento sério da corrupção. Ganhar as ruas não apenas com palavras de ordem, mas com propostas e iniciativas políticas transformadoras. Governos geralmente reagem, mas do que agem. Nesse sentido, vamos induzir os atuais governos a progredirem com ações mais impactantes do que o de Lula e Wellington Dias, pois se assim não procedermos, retrocessos podem ocorrer.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Portal AZ faz propaganda de Freitas Neto para presidente da CODESVAF


A imprensa que crítica a corrida pelos cargos governamentais também disputa esses mesmos cargos, ou para ser mais justo, faz propaganda de figuras ilustres. Observe o texto de Arimatéia Azevedo pautando a necessidade do Governador indicar Freitas Neto para presidente da CODEVASF :

Freitas, o nome
O nome para Wilson Martins indicar para a presidência da Codevasf e o Piauí se fazer bem representado é o do ex-senador Freitas Neto. Atualmente sem mandato, Freitas foi quem incluiu a bacia do rio Parnaíba na área da Codevasf. Além do mais não é provinciano. Como o atoleimado que por lá já passou.

Será que o Piauí não tem outros quadros para assumir a CODEVASF? Se tem, por favor enviar currículo para o Arimatéia analisar. Aliás, não estranhar se Freitas Neto realmente assumir. Isso revela que esse texto não foi simplesmente propaganda, mas na verdade um argumento publicado para legitimar um tucano dentro de outro ninho. Em outras palavras: algo já definido, entretanto com necessidade de justificativas para diminuir o impacto de eventuais críticas.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Átila e sua pratica tucana travestida de socialista


Nem todo socialdemocrata é socialdemocrata. Nem todo socialista é socialista. Parece contraditório, mas não é. Fernando Henrique é neoliberal, mas é presidente de honra do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Atila Lira é do Partido Socialista Brasileiro, mas é neoliberal. O discurso e a prática sobre o carater da Avaliação como instrumento para melhorar a qualidade do ensino revela sua posição ideológica:

- As escolas de 1º a 5º séries serão monitoradas – disse o deputado federal do PSB Átila Lira.E, segundo ele, as que apresentarem os melhores desempenhos vão ser premiadas com equipamentos e reformas na infraestrutura física.

E as escolas que tiverem os piores desempenhos? Como Atila vai proceder? Com castigo, abandonando-as a própria sorte? Alguem tem que falar para o Deputado que Avaliação de uma política pública é aplicada para corrigir rumos, ajustar ou validar objetivos e estratégias, não servindo como referencia para premiar umas em detrimento da exclusão das demais. Aliás, esse tipo de política é focalista as avessas, pois o investimento ficará concentrado apenas nas bem-sucedidas. Pelo menos, foi o que entendi da entrevista do deputado, confirmando minha convicção de que Átila não passa de um tucano travestido de pomba.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Carta Capital: filha de Serra expôs sigilo de milhões de pessoas


A revista CartaCapital que está nas bancas nesta semana traz reportagem de Leandro Fortes que vai colocar em apuros o tucano José Serra. Segundo a reportagem, baseada em documentos oficiais, por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra, Verônica Serra, com a irmã de Daniel Dantas. Faça o link e veja a reportagem de CartaCapital.


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=136746


sábado, 11 de setembro de 2010

Revista VEJA é desmascarada


A Revista VEJA devia assumir publicamente que é Serra. Carta Capital assumiu que é Dilma. Isso é ser mais honesto com os leitores.

O empresário Fábio Baracat divulgou nota na tarde deste sábado desmentindo o texto publicado na Veja. No texto, a revista escreve um relato que atribuiu ao empresário sobre uma suposta negociação com o filho da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil.

Leia abaixo a nota divulgada pelo empresário:

"Fui foi surpreendido com a matéria publicada na revista Veja neste sábado, razão pela qual decidi me pronunciar e rechaçar oficialmente as informações ali contidas.

Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado na reportagem. Apenas conheço a empresa e pessoas ligadas a ela, assim como diversos outros empresários do setor.

Destaco também que não tenho qualquer relacionamento pessoal ou comercial com a Ministra Erenice Guerra, embora tivesse tido de fato a conhecido, jamais tratei de qualquer negócio privado ou assuntos políticos com ela.

Acerca da MTA, há 3 meses não tenho qualquer relacionamento com a empresa, com a qual tão somente mantive tratativas para compra.
Erenice Guerra, ministra da Casa Civil, também divulgou nota classificando a matéria de Veja como caluniosa. "lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos", finaliza na nota Erenice.

Leia abaixo a íntegra da nota distribuída pela Casa Civil:

Nota à Imprensa - Casa Civil

Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:

1) procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos – tanto eu quanto os meus familiares - as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;

2) sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar as medidas judiciais cabíveis para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;

3) como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, a disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;

4) lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.

Brasília, 11 de setembro de 2010.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República

Eleitor valoriza material com história de Messias Jr.


Chama atenção um fato nessa eleição. Eleitores se identificam com material de campanha que traz a história política e social do candidato. É o caso do jornal Messias Junior a Serviço da Cidadania. Nele está presente a trajetória dessa liderança desde jovem quando lutava pelas causas e direitos dos estudantes e da juventude. Quem tiver oportunidade de fazer a leitura vai observar imagens que revelam o engajamento cidadão de Messias Junior de estudante, gestor, líder comunitário, seu envolvimento com a cultura popular, com a gestão de turismo, e atualmente como dirigente partidário e sociólogo. Nessas eleições, o Piauí está desafiado a eleger candidatos que historicamente possuem compromisso com os que mais precisam. Quem votou em Lula e Wellinton Dias por conta de sua história aprovou, porque deu certo. Por tanto, votar em Messias Junior significa ganhar seu voto para a defesa dos direitos sociais, políticos e civis de jovens, mulheres, trabalhadores e comunidades no congresso nacional.

domingo, 23 de maio de 2010

Lição de Celso Amorim


O Brasil cresceu muito, o mundo mudou muito, e é preciso enfrentar os problemas sem medo, mas sem as bravatas da adolescência. Entre as mudanças do mundo se encontra a instantaneidade da informação, que estimula a transformação dos indivíduos passivos em cidadãos atuantes, como se vê no mundo inteiro. Nossa autonomia de ação é um caminho do qual não poderemos retornar, a menos que estejamos dispostos a agachar-nos, depois que nos decidimos a andar de cabeça alta.O caso do Irã é emblemático, porque a sua solução contribuirá para a consolidação de nova ordem mundial, com o fortalecimento das Nações Unidas e o fim dos ditados imperiais das grandes potências. De qualquer forma, a vigilância na defesa do entendimento entre as nações – é o que podemos resumir de suas ideias – terá que se manter, e a cada dia mais, porque a paz é sempre uma conquista esquiva da razão política.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cuidado eleitor!!!


O eleitor deve analisar o dilema da atual eleição presidencial para além de um plebiscito: os lulistas de dilma x fhcistas de serra pois o que está em jogo na verdade é a estratégia de desenvolvimento do país. Em outras palavras, ou nós continuaremos de forma processual, gradativa, conquistando a hegemonia de um fortalecimento do Estado e de uma cultura política para o povo, radicalizando a democracia social, ambiental e cultural ou iremos infelizmente cair no engodo do discurso do Estado mínimo para beneficiar exclusivamente o mercado financeiro dos banqueiros, agiotas e empresários do lucro fácil, predador, opressor e desumanizador. Temos que como eleitor consciente saber identificar os avanços e os nós que precisam ser desatados. Nisso é importante entender que o processo, em outras palavras, o caminho é cheio de conflitos, resistências, negociações, mas também de pequenas rupturas que se acumulando irão criar fissuras cada vez maiores no sistema excludente que vivemos. O mundo inteiro vive, nesta época, esse dilema: mercado predador, opressor e ditador x Estado democrático e forte na garantia de direitos a vida. Até o governo norte-americano tem que definir o seu caminho nacional integrando 38 milhões de habitantes no atendimento médico ou deixar que permaneçam no abandono que degrada mais de 10% da sua população que não tem condições de pagar um plano privado no mercado da saúde. Cuidado com os discursos neo-neoliberal!!!!

Heráclito: a inteligência a serviço do mal














Observem essas imagens. Desejam saber o que elas representam? Acesse, leia, comente e encaminhe para seus contatos:
Heráclito a Inteligência a serviço do mal.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O dia internacional das lutas das mulheres passou, mas a luta das mulheres continua!!!


No Brasil, o 8 de março, vê-se repetir a cada ano a associação entre o Dia Internacional da Mulher e o incêndio na Triangle quando na verdade Clara Zetkin o tenha proposto em 1910, um ano antes do incêndio. É muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres. Mas o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias há algum tempo e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.Nas primeiras décadas do século XX, o grande tema político foi a reivindicação do direito ao voto feminino. Berta Lutz, a grande líder sufragista brasileira, aglutinou um grupo de mulheres da burguesia paradivulgar a demanda. Ousadas, espalharam de avião panfletos sobre o Riode Janeiro, pedindo o voto feminino, no início dos anos 20!Pressionaram deputados federais e senadores e se dirigiram ao presidenteGetúlio Vargas. Afinal, o direito ao voto feminino foi concedido em 1933por ele e garantido na Constituição de 1934. Mas só veio a ser posto emprática com a queda da ditadura getulista, e as mulheres brasileirasvotaram pela primeira vez em 1945.Em 1901, as operárias, que juntamente com as crianças constituíam 72,74%da mão-de-obra do setor têxtil, denunciavam que ganhavam muito menos do que os homens e faziam a mesma tarefa, trabalhavam de 12 a 14 horas na fábrica e muitas ainda trabalhavam como costureiras, em casa. Comomostra Rago, a jornada era de umas 18 horas e as operárias eram consideradas incapazes física e intelectualmente. Por medo de serem despedidas, submetiam-se também à exploração sexual.Os jornais operários, especialmente os anarquistas, reproduziam suasreclamações contra a falta de higiene nas fábricas, o assédio sexual, aspéssimas condições de trabalho, a falta de pagamento de horas extras, umsem número de abusos. Para os militantes operários, a fábrica era um local onde as mulheres facilmente se prostituíam, daí reivindicarem a volta das mulheres para casa. Patrões, chefes e empregados partilhavam dos mesmos valores: olhavam as trabalhadoras como prostitutas.Entre as militantes das classes mais altas, a desqualificação do operariado feminino não era muito diferente: partilhavam a imagem generalizada de que operárias eram mulheres ignorantes e incapazes de produzir alguma forma de manifestação cultural. A distância entre as duas camadas sociais impedia que as militantes burguesas conhecessem a produção cultural de anarquistas como Isabel Cerruti e Matilde Magrassi, ou o desempenho de Maria Valverde em teatros populares como o de Arthur Azevedo .Como as anarquistas americanas e européias, as brasileiras (imigrantesou não) defendiam a luta de classes mas também o divórcio e o amorlivre, como escrevia "A Voz do Trabalhador" de 1° de fevereiro de 1915:"Num mundo em que mulheres e homens desfrutassem de condições deigualdade... Vivem juntos porque se querem, se estimam no mais puro,belo e desinteressado sentimento de amor".A distinção entre anarquistas e comunistas foi fatal para uma eventual aliança: enquanto as comunistas lutavam pela implantação da "ditadura do proletariado", as anarquistas acreditavam que o sistema partidário reproduziria as relações de poder, social e sexualmente hierarquizadas.No PC a diferenciação de gênero continuava marcante: as mulheres seencarregavam das tarefas 'femininas' na vida quotidiana do Partido.Extremamente ativas, desenvolveram ações externas de organização sem ocupar qualquer cargo importante na hierarquia partidária. Atuavam, por exemplo, junto a crianças das favelas ou dos cortiços, organizavam colônias de férias, supondo que poderiam ensinar às crianças novos valores.Zuleika Alembert, a primeira mulher a fazer parte da alta hierarquia do PC, eleita deputada estadual por São Paulo em 1945, foi expulsa do Partido quando fez críticas feministas denunciando a sujeição da mulher em seu próprio partido.O feminismo dos anos 60 e 70 veio abalar a hierarquia de gênero dentroda esquerda. A luta das mulheres contra a ditadura de 1964 uniu,provisoriamente, as feministas e as que se autodenominavam membros do'movimento de mulheres'. A uni-las, contra os militares, havia uma data: o 8 de Março. A comemoração ocorria através da luta pelo retorno da democracia, de denúncias sobre prisões arbitrárias, desaparecimentospolíticos.A consagração do direito de manifestação pública veio com o apoio internacional - a ONU instituiu, em 1975, o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher.Entrou-se numa nova etapa do feminismo. Mas velhos preconceitospermaneceram nas entrelinhas. Um deles talvez seja a confusa históriapropalada do 8 de Março, em que um anti-americanismo apagava a luta detantas mulheres, obscurecendo até mesmo suas origens étnicas.


O artigo é de Eva Alterman Blay.



Partido da Imprensa Golpista Globo, Veja e outros articulam golpe contra a democracia com o pretexto de defender a democracia: o retorno de 1964


Em seminário promovido pelo Instituto Millenium, representantes da grande mídia afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.
Por Bia Barbosa, na Carta Maior: Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo. Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Aner (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas.Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário antidemocrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita.“O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz. A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão — um direito a que, acreditam, o PT também é contra. “O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield.“A ideia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.O tal ataquePara os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país. “Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranquilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu. Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda. “O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.O “risco Dilma”Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff.A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil. “O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor.“Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de ideias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado.“Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.Hora de reagirE foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque. “Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli. “Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica. “Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Governo estadual é predador da Serra vermelha e inaguração da Ponte estaiada será espetaculo a favor de Silvio Mendes revela jornal Tribuna do Piauí




Ao analisar o Jornal Tribuna do Piauí Ano I, nº 8 de 23 de fevereiro a 1º de março de 2010 podemos perceber, como toda publicação, as contradições e a parcialidade nas informações. Enquanto o artigo intitulado "Serra vermelha em perigo" reflete o discurso dos ambientalistas denunciando a proteção do governo do Piauí a empresas produtoras de carvão vegetal, como a JB Carbon, a qual produz carvão vegetal através da destruição das matas nativas dos municipios de Curimatá, Morro Cabeça do Tempo, Redenção do Gurguéia e Bom Jesus. Já o artigo intitulado "Greve dos trabalhadores da construção civil em Teresina assume caráter político" reflete o discurso oficial da Prefeitura de Teresina tentando descaracterizar o movimentos dos operários da ponte estaiada, pois para a prefeitura a greve serve apenas para atrasar as obras e evitar sua conclusão em março. Nesse sentido, o artigo sobre a Serra Vermelha, na opinião do causacom tem um caratér positivo a medida que destaca a luta para a preservação do meio ambiente. Entretanto, o segundo artigo que trata da greve dos operários da ponte estaiada se constitui na verdade uma tentativa consciente ou inconsciente revelada logo no seu titulo de tentar desligitimar o movimento caracterizando-o como político partidário. Apesar de garantir a voz dos representantes sindicais, lado positivo da reportagem, o texto afirma e assume a voz oficial no seguinte trecho, haja vista não deixar claro a fonte das informações: "pelos informes disponíveis (a greve dos operários da ponte estaiada) faz parte de um plano supostamente elaborado por lideranças do Partido dos Trabalhadores para que a greve prossiga com a finalidade de atrasar a entrega da obra e atrapalhar a provável candidatura de Silvio Mendes". Na verdade, se você ler com cuidado, a intenção oculta da informação é : garantir a todo custo, mesmo o de descaracterizar o movimento dos operários, a inauguração da ponte estaiada antes da saída de Silvio Mendes da prefeitura. A ponte, portanto, não servirá apenas como instrumento para garantir novas vias aos carrões da zona leste, mas para criar um espetáculo para engrandecer Silvio Mendes.




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Deus comunista!!!


Se você tem fé em Deus, por favor, não assista por estes dias aos jornais da Globo, Band ou emissoras de rádios e jornais ligadas ao esquema demo/tucano. Nos primeiros cinco minutosdas matérias sobre as enchentes na São Paulo, dominada pelo esquema dos PHDs, eles mostram o caos diário; as mortes, estragos e desesperos provocados pelas chuvas, deslizamentos, ou, pelas vazões das represas; em seguida - e aí sim -, 15 minutos com direito à imagens em preto e branco, do tempo em que a cidade tinha 2 milhões de habitantes - hoje são quase 11 milhões! Tudo isso pra mostrar de que a culpa é, tão exclusivamente,... de DEUS!!! A que ponto chegaram pra se manter no comando do Estado mais rico e caótico do país, e pra retomar o poder da maior economia do planeta, nos próximos20 anos – ou menos.
Pelo fato de Deus ser “lulista”, e pelo volume de lama nas administrações da dobradinha, Zé Alagão/Nunkassabi, tudo caminha para termos, pela primeira vez na história daRepública, um resultado eleitoral - com vitória sufocante da situação -, por
WO, sobre a caótica e enlameada situação da oposição.
Porque ratos não costumam afundar com navios? E eu sei lá...!

fonte: http://jenipaponews.blogspot.com/

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Viver a Vida: o que os olhos não veem na novela da Globo


Por Washington Araújo*, no Observatório da Imprensa

Em breve a novela seguirá para seu fim e até o momento quase nada tem sido escrito por especialistas da mídia sobre as aberrações que o folhetim apresenta. Mau-caratismo, traição, adultério, ciúme, inveja, alcoolismo e uso de drogas se apresentam no horário nobre toda santa noite como aperitivo antes do desbunde geral em que se transformou o que já não era bom, o famigerado Big Brother Brasil.

As “vinhetas de superação” trazendo ao horário nobre gente sofrida, abandonada, envolvida nas drogas ou no crime, pessoas portadoras de necessidades especiais e vítimas de todo tipo de violência, testemunham como foi bom ter dado a volta por cima. Porque nesse horário somente essas pessoas sabem como é viver a vida, enfrentar os desafios, superar as debilidades. Na novela tudo é caricato, tosco e apelativo. Personagens quando choram parecem estar gargalhando por dentro, e quando falam de amor optam pelo desamor, focam as desilusões e nossas pequenas tragédias humanas.

A realidade no folhetim é absolutamente virtual. Basta ver a favela de Viver a Vida. Tem até jantar à luz de velas. Balas perdidas? Existe isso? Onde? Quem? O hospital do Dr. Moretti é imenso pátio de diversões onde os médicos estão sempre na lanchonete, colocando em dia seus problemas amorosos e nunca incomodados por pacientes alquebrados, gente entre a vida e a morte como é tão comum e mesmo rotineiro em hospitais.

A pousada de Búzios tem clima de Copacabana Palace. Tudo na pousada é muito limpo, decoração de primeira, natureza exuberante, ninguém parece trabalhar mas tudo está sempre nos trinques e hospedes que é bom, se existem, não dão as caras. Faltou a Manoel Carlos a vivência de um feriadão em pousada de Salvador, Porto Seguro, Natal ou Florianópolis.

Trabalho infantil

Viver a Vida
é um vale de lágrimas do início ao fim. As pessoas choram sem parcimônia. E com gosto. Há aquela que chora porque não consegue parar de beber. Há aquela outra que chora porque está tetraplégica. Outra chora porque não consegue consumar o adultério. Há quem chore porque é abandonada pelo noivo a poucas horas do casamento. Outra chora porque o marido não aceita conviver em harmonia com os enteados, filhos do primeiro casamento. Tem quem chore porque a irmã tetraplégica recebe mais atenção da mãe e das irmãs. Há quem chore porque os filhos gêmeos estão apaixonados pela mesma pessoa. Tem quem chore por acreditar que uma pessoa tetraplégica não pode fazer ninguém feliz. É o folhetim dos vilões-fashion, gente descolada, rica e que prefere viver a vida na base de quanto mais fútil for a vida, melhor.

Até aqui nada de muito novo. O que não entendo é as autoridades responsáveis pela proteção da infância e da adolescência deixarem uma graciosa menina de apenas 8 anos de idade interpretar uma vilã. É o que acontece com a Rafaela interpretada pela espertíssima Klara Castanho. Vemos todas as noites sua infância sendo roubada. Assistimos impassíveis ao sequestro de uma inocência que deveria ser preservada, inicialmente por seus pais, depois por esse veículo de comunicação que é uma concessão pública chamada televisão e depois pelo pessoal do judiciário, das tais varas da Criança e do Adolescente.

Rafaela se pinta com as cores da vida adulta, se veste insinuante como é comum aos jovens, é a cara do consumo-mirim sempre instigando sua mãe a comprar isso e aquilo mesmo que não tenha rendimento para tal. O pior nem é isso. O pior é o retrato de criança manipuladora e sensual, chantagista e dona de opinião sobre assuntos bem complexos para mente em formação como é o caso de aborto, mãe esperando segundo filho, vida de mãe solteira e testemunha de tórrida cena de adultério.

Será que ninguém observa nada disso? Será que ninguém vai trazer à mesa a discussão sobre trabalho infantil em programas para público adulto como é uma novela das oito? Será que toda e qualquer manifestação artística é passível de ser exercida por crianças e adolescentes? Pelo andar da carruagem não me causará espanto se em capítulo futuro a pequena Rafaela se transformar em psicopata-mirim.

Mercado e audiência

É que ninguém está nem aí para colocar em prática dispositivos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13/7/1990), calhamaço que conta com impressionantes 267 artigos. Destes faço questão de enunciar apenas seu Artigo 3º:

“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”

A caracterização dada à personagem Rafaela faculta à atriz-mirim Klara Castanho seu desenvolvimento “mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”? A meu ver, se dá exatamente o contrário. Rafaela é tratada como coisa a ser transportada na vida cheia de peripécias de sua mãe Dora; interpõe-se com protagonismo principal na relação de sua mãe com quem poderia ser seu bisavô, o romântico Maradona, dono da pousada; os diálogos de Dora com Rafaela se sustentam em mentiras escancaradas e em meias verdades; os olhares de “brinquedo assassino” de Rafaela ao iniciar sua precoce carreira de chantagista mirim com a principal protagonista do folhetim, Helena, não deixam dúvidas que coisa muito mais escabrosa vem pela frente.

Enquanto a trama se desenrola, Rafaela passa a frequentar com maior insistência o imaginário de milhões de crianças da mesma idade vindo a se tornar um modelo infantil a ser seguido com toda sua carga de manipulação e astúcia poucas vezes vista em personagens adultas. E não encontramos contraponto. Isso acontece porque levantar qualquer bandeira que vise proteger a integridade moral e a dignidade de uma criança explorada por um folhetim global é quase cometer crime de lesa-pátria. E não faltarão pessoas a torcerem o nariz para esse meu texto sob o pretexto de que seria incitação à censura. Nada mais ridículo que isso.

O ponto é que enquanto o Deus-Audiência estiver em seu trono nada poderá mudar. Nem que preceitos constitucionais sejam violados e que sejam arquivadas no baú das coisas imprestáveis imagens de crianças inocentes, bondosas, cheias de compaixão, educadas, inteligentes, respeitadoras dos mais velhos... e tantos outros predicados do tempo em que andar a pé era novidade.

* Washington Araújo é jornalista, escritor e professor da UnB


Lula revela a hipocrisia da oposição tucana e do Estadão (Partido da Imprensa Golpista)


Estadão: O sr. teme que o PSDB venha na campanha com o discurso de gastança, de inchaço da máquina, que o seu governo contratou 100 mil novos servidores?

Lula: Vou dar um número, pode anotar aí: cargos comissionados no governo federal, para uma população de 191 milhões de habitantes. Por cada 100 mil habitantes, o governo tem 11 cargos comissionados. O governo de São Paulo tem 31 e a Prefeitura de São Paulo tem 45.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=124441&id_secao=1

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Médicos de Cuba no Haiti: a solidariedade silenciada pela mídia



Os aproximadamente 400 cooperantes da Brigada médica cubana no Haiti foram a mais importante assistência sanitária ao povo haitiano durante as primeiras 72 horas após o recente terremoto. Essa informação foi censurada pelos grandes meios de comunicação internacionais.

Por José Manzaneda*, em Adital


A ajuda de Cuba ao povo haitiano não começou por ocasião do terremoto. Cuba atua no Haiti desde 1998 desenvolvendo um Plano Integral de Saúde(1), através do qual já passaram mais de 6.000 cooperantes cubanos da saúde.

Horas depois da catástrofe, no dia 13 de janeiro, somavam-se à brigada cubana 60 especialistas em catástrofes, componentes do Contingente "Henry Reeve", que voaram de Cuba com medicamentos, soro, plasma e alimentos(2).

Os médicos cubanos transformaram o local onde viviam em hospital de campanha, atendendo a milhares de pessoas por dia e realizando centenas de operações cirúrgicas em 5 pontos assistenciais de Porto Príncipe. Além disso, ao redor de 400 jovens do Haiti formados como médicos em Cuba se uniam como reforço à brigada cubana(3).

Os grandes meios silenciaram tudo isso. O diário El País, em 15 de janeiro, publicava uma infografia sobre a "Ajuda financeira e equipamentos de assistência", na qual Cuba nem sequer aparecia dentre os 23 Estados que havia colaborado(4). A cadeia estadunidense Fox News chegava a afirmar que Cuba é dos poucos países vizinhos do Caribe que não prestaram ajuda.

Vozes críticas dos próprios Estados Unidos denunciaram esse tratamento informativo, apesar de que sempre em limitados espaços de difusão.Sarah Stevens, diretora do Center for Democracy in the Americas(5) dizia no blog The Huffington Post: Se Cuba está disposta a cooperar com os EUA deixando seu espaço aéreo liberado, não deveríamos cooperar com Cuba em iniciativas terrestres que atingem a ambas nações e os interesses comuns de ajudar ao povo haitiano?(6)

Laurence Korb, ex-subsecretário de Defesa e agora vinculado ao Center for American Progress(7), pedia ao governo de Obama "aproveitar a experiência de um vizinho como Cuba" que "tem alguns dos melhores corpos médicos do mundo" e com quem "temos muito o que aprender"(8).

Gary Maybarduk, ex-funcionário do Departamento de Estado propôs entregar às brigadas médicas equipamento duradouro médico com o uso de helicópteros militares dos EUA, para que possam deslocar-se para localidades pouco accessíveis do Haiti(9).

E Steve Clemons, da New America Foudation(10) e editor do blog político The Washington Note(11), afirmava que a colaboração médica entre Cuba e EUA no Haiti poderia gerar a confiança necessária para romper, inclusive, o estancamento que existe nas relações entre Estados Unidos e Cuba durante décadas(12).

Porém, a informação sobre o terremoto do Haiti, procedente de grandes agências de imprensa e de corporações midiáticas situadas nas grandes potências, parece mais a uma campanha de propaganda sobre os donativos dos países e cidadãos mais ricos do mundo.

Apesar de que a vulnerabilidade diante da catástrofe por causa da miséria é repetida uma e outra vez pelos grandes meios, nenhum quis se debruçar para analisar o papel das economias da Europa ou dos EUA no empobrecimento do Haiti.

O drama desse país está demonstrando uma vez mais a verdadeira natureza dos grandes meios de comunicação: ser o gabinete de imagem dos poderosos do mundo, convertidos em doadores salvadores do povo haitiano quando foram e são, sem paliativos, seus verdadeiros verdugos.

Fonte: Adital (Esse texto, traduzido por Adital, é o roteiro do seguinte vídeo, em espanhol: http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&task=view&id=13417&Itemid=86)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Direitos Humanos: Manifesto contra a anistia aos torturadores em 12/01/2010





Em todo o país estão sendo coletadas assinaturas na petição que a Associação Juízes para a Democracia preparou contra a anistia aos torturadores.

O manifesto é dirigido ao Supremo Tribunal Federal, que deverá julgar se o artigo artigo 1º da Lei da Anistia pode ser estendida aos crimes comuns praticados pelos agentes da repressão contra os seus opositores políticos, durante o regime militar. O documento deixa claro que tortura é crime de lesa-humanidade e que não pode ser objeto de anistia.


Direitos Humanos: Manifesto contra a anistia aos torturadores
em 12/01/2010

Para o SINTE-PI, o piso é de R$ 1.312,85



O SINTE-PI defende o piso no valor de R$ 1.312,85 e nossa interpretação se baseia no aspecto legal da Lei do Piso, Lei nº 11.738/2008
O SINTE-PI defende o piso no valor de R$ 1.312,85 e nossa interpretação se baseia no aspecto legal da Lei do Piso, Lei nº 11.738/2008.
A Lei do Piso garante a correção anual, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009. Sendo assim, o piso, que em 2008, era de R$ 950,00, passou, em 2009, para R$ 1.132,40. E agora, em janeiro de 2010, com o reajuste, passa a ser de R$ 1.312,85. Esses valores têm por base a determinação da lei que o reajuste do piso é vinculado ao custo aluno, que em 2009 foi no percentual de 19,2%, e em 2010 é de 18,3%.
O Governo propõe implantar a parti de janeiro o valor de R$ 1.024,67, com base no parecer emitido pela Advocacia Geral da União-AGU que propõe em reajustar o piso em 7,86%, com base no piso de R$ 950,00, valor este do ano de 2008.
A posição do governo é totalmente equivocada ao seguir a posição da AGU, pois não haver nenhuma base legal. Ao confeccionar o referido parecer, a AGU desconsiderou o reajuste que o piso teve no ano de 2009, no percentual de 19,2%, passando de R$ 950,00 para R$ 1.132,40. Além de usar o valor do piso do ano 2008, utilizou o percentual de 7,8% para o reajuste, quando a Lei do Piso vincula o reajuste ao custo aluno, que no ano de 2010 o percentual é de 18,3%, e não de 7,86% como quer a AGU, afrontando, totalmente, as leis trabalhistas que não permitem a redução de vencimento ou salário.
O parecer da AGU não possui força de lei, é apenas um posicionamento do órgão emissor, portanto, não vincula nenhum ente público (União, Estados ou Municípios).
É lamentável que após 1 ano e meio da aprovação da Lei do Piso, os governadores e prefeitos insistem em não reconhecer o valor legal do piso. Da mesma forma que é lamentável que o STF não tenha se posicionado, no mérito, da ADI 4.167. Também é lastimável que governadores e prefeitos que a partir de uma decisão controversa do STF, tenham interpretado a lei ao seu bel prazer de suas conveniências.
A pesar dessa celeuma toda acerca do piso, a verdade é que os governadores e prefeitos não estão impedidos em implantar o piso legal de R$ 1312,85, já que à liminar concedida pelo STF trata apenas se o valor do piso é vencimento ou remuneração e se é legal a determinação do horário pedagógico de 1/3 da jornada de trabalho do professor. No entanto, em nenhum momento, suspendeu a eficácia em relação ao reajuste anual do piso e a vinculação do mesmo ao percentual do reajuste do custo aluno.
O SINTE-PI não abrirá mão do piso de R$ 1.312,85. Sabemos que a luta é árdua, mas não desistiremos de viabilizar o tão merecido processo de valorização de nossa categoria, primordial para a elevação da qualidade da educação pública e para o desenvolvimento do país em benefício de sua população.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cuidado!! A direita e o PIG querem avançar a qualquer custo


Nas últimas semanas, a direita através da imprensa conservadora (Globo, Band, SBT, Isto é, Veja e companhia) começam apresentar sua estratégia. Os ancoras e comentaristas dos telejornais golpistas reproduzem um discurso de que a América Latina vive uma ameaça comunista, de tentativa de implantação de ditadura do proletariado, de ameaça à liberdade de imprensa, de manipulação dos direitos humanos como bandeira para o autoritarismo. As conferências democráticas que elaboram políticas públicas no país, previstas como um espaço de participação democrática da sociedade civil são tratadas com indiferença ou sem legitimidade. A direita através dos seus Arnaldo's Jabor e Casoy'S continuam defendendo golpes militares e ditaduras preventivas a favor do que eles convencionam ser democracia. Tentam assim contraditoriamente criar ambiente de suposta ameaça democrática no país pois todas as práticas e iniciativas de tentar barrar os avanços protagonizados pelo governo Lula se constituíram um fracasso. Enquanto tentam descaracterizar Lula, sua forma de falar, o filme que representa sua vida, suas ações, a imprensa internacional elogia o eis-metalúrgico para o desespero e inveja do Dr.FHC. Portanto, vamos está atentos a qualquer golpe ou manipulação de informações. Não podemos deixar que a midia hegemonica reedite suas bandeiras golpistas e conservadoras.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Combata a violencia contra crianças...DENUNCIE...


A policia de Lagoa Alegre, sob comando do Ten. Pedro e seus auxiliares Valmir e Dos Santos, prenderam hoje a dona de casa Rejane Costa Melo, de 37 anos, mãe das menores de iniciais ACCM de 11 anos e AMCM de 12 anos, o padastro Raimundo Nonato fernandes Santos de 25 anos, Wanderlan Ferreira dos Santos de 19 anos e Edvan Silva dos Santos, ambos parentes do padastro das menores, segundo informações preliminares de nossa equipe de reportagem, os parentes de Raimundo, estariam mantendo relações sexuais com as menores, sendo que Wanderlan teria sido flagrado com a menor de 11 anos em uma rede e Edvan em outra rede com a outra menor de 12 anos, ambos praticando atos sexuais com as mesmas, tudo teria o consentimento da mãe. A policia ja encaminhou a Pericia Criminal as menores para procedimentos de exames, para constatar o delito, o conselho tutelar esta acompanhando todo o caso, aguarde maiores informações..... Reportagem de Jefessor Neto no site http://www.meionorte.com/lagoaalegre,mae-acusada-de-prostituir-filhas-de-11-e-12-anos,112555.html.
De acordo com um levantamento feito pela Prefeitura de Teresina no período de janeiro de 2007 a abril de 2008, 297 crianças e adolescentes foram vítimas de violência sexual. As notificações abrangem denúncias feitas junto aos Conselhos Tutelares, Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e instituições que combatem a violência sexual da capital.Fico um tanto deprimido e enojado quando abro os portais de noticias e vejo relatos de casos de pedofilia ou violência física contra crianças. Portanto, dar publicidade a essas violências preservando a imagem das vitimas, exigindo punição aos criminosos e propagando os disques denuncias são ações fundamentais para o combate a esses crimes. Então veja como proceder: a denúncia de casos de violência contra crianças e adolescentes pode ser anônima, através do Disque-Cidadania do Creas, ligando para um dos números: 0800 280 5688; 0800 280 4252; ou 0800 86 2400.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

MST divulga balanço 2009 e desafios para 2010


Em documento publicado em 30 de dezembro, MST avalia questões centrais ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e ao povo brasileiro em geral em 2009, e aponta os desafios para 2010. No texto, a organização pauta a importância da unidade dos movimentos sociais e das forças progressistas para o avanço do país. Como a mídia conservadora (VEJA, ISTO É, Folha de São Paulo, o Globo e outros), jamais divulgaria, aqui, nesse espaço alternativo o MST tem sua vez:

Final de ano é momento de fazer balanço das atividades do período que passou, avaliar os avanços e as dificuldades encontradas e começar a planejar o ano que vem chegando.

2009 vai ficar marcado na história como o ano da grande crise capitalista que assolou os mercados financeiros de todo mundo. Crise que se iniciou nos EUA, mas varreu vários países, ricos e pobres, quebrando bolsas, bancos, empresas e, sobretudo, desmoronou a hegemonia ideológica das certezas dos grandes capitalistas no seu deus Mercado, o chamado neoliberalismo.

Tivemos a triste notícia que, segundo a ONU, o número de famintos já passa de 1 bilhão de pessoas, ou seja, a cada seis pessoas uma passa fome em alguma parte do mundo. Houve ainda um aumento da concentração da riqueza e renda em todo planeta, globalizado pelo jeito capitalista de funcionar.

A derrubada das florestas pelo agronegócio e a grande quantidade de carros produzidos no último período para salvar a crise têm agravado ainda mais os problemas ambientais, obrigando o mundo a debater o aquecimento global e suas consequências para a humanidade. Além disso, a pecuária intensiva e o modelo produtivo do agronegócio, - que se baseia no uso abusivo de máquinas e venenos agrícolas - aumentaram o desequilíbrio ambiental no meio rural.

Todos esperávamos que os chefes de Estado compreendessem a gravidade da situação e que em Copenhague assinassem um compromisso de recuperação da Terra. Triste engano. Os governos dos países responsáveis pelos maiores desequilíbrios continuam iguais, cada vez mais insensatos e irresponsáveis. Afinal não querem mudar seu padrão de consumo, nem seus privilégios, pagos por toda humanidade. Como bem avaliaram a Via Campesina internacional e os movimentos ambientalistas: só a mobilização popular pode agora salvar a vida no planeta.

No Brasil, o ano foi marcado por debates importantes, como a questão das reservas do petróleo no pré-sal, que pode mudar o rumo da economia e dos problemas sociais; a atualização dos índices de produtividade, promessa assumida pelo governo Lula desde maio de 2005, que poderia acelerar a Reforma Agrária; e a redução da jornada de trabalho para 40 horas, pauta antiga dos trabalhadores, agora assumida por todas as centrais sindicais.

Também tivemos um ano marcado pela criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. Temos visto em diversos governos estaduais, que o Estado continua com posições reacionárias, judicializando os problemas sociais e criminalizando os movimentos que organizam as lutas e batalhas de resistência nas comunidades pobres das grandes cidades e do campo. O MST pagou caro, perdemos o companheiro Elton Brum, assassinado pela Brigada Militar gaúcha. E tivemos vários mandatos de prisões contra nossas lideranças.

Na luta política, a direita brasileira ampliou sua presença nos espaços que detêm hegemonia, como o Poder Judiciário, transformando o presidente do STF em mero porta-voz de seus interesses. No Congresso Nacional, além dos inúmeros casos de corrupção, a direita aumentou a ofensiva com projetos de lei que caminham na contra-mão da história, como tentativas de apropriação da Amazônia, mudanças no Código Florestal e a intenção de liberar completamente o uso e comercialização de venenos agrícolas e sementes transgênicas.

Na Reforma Agrária

Fizemos grandes jornadas de lutas cobrando o cumprimento da Reforma Agrária, em abril e agosto, mas mais uma vez fechamos o ano com poucos avanços para a Reforma Agrária. Estima-se que foram assentadas menos de 20 mil famílias, ou seja, apenas 20% da meta proposta pelo proprio Incra, de 100 mil famílias por ano. Mais de 96 mil famílias continuam acampadas, em sua maioria há mais de três anos debaixo de um barraco de lona.

Tivemos algumas melhorias nos assentamentos, como a expansão da energia elétrica, água encanada, moradia e infra-estrutura. No entanto, não houve avanços em uma questão central para o desenvolvimento dos assentamentos: a implementação de agroindústrias cooperativadas, a universalização do atendimento público de assistência técnica e uma política de crédito rural adequada aos assentados. O Pronaf tem se mostrado insuficiente para resolver os problemas dos assentados, mesmo aumentando o volume do crédito. Essa situação dificulta o aumento da renda das famílias.

Diante desse balanço, nosso papel prioritário é seguir organizando os trabalhadores para garantir o assentamento das famílias acampadas e melhorar as condições de vida das famílias já assentadas, avançando no debate e na implementação de uma Reforma Agrária popular.

Desafios para 2010

2010 nos exige o enfrentamento de muitos desafios, desde a luta geral por mudanças na politica até na luta por Reforma Agrária.

Precisamos consolidar alianças com setores do movimento social e sindical do meio urbano, já que os desafios são grandes, e exigem a mobilização de toda classe. Os temas agrários também se resolvem com a mobilização de toda classe, para alterar a atual correlação de forças politicas. Precisamos contribuir na organização, junto com as pastorais sociais, Assembléia Popular e Coordenação de Movimentos Sociais, para realização de um plebiscito pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil. Buscaremos também fortalecer a luta pela redução da jornada de trabalho e seguir pautando, denunciando e enfrentando a criminalização dos movimentos sociais, além de lutar para garantir que o petróleo do pré-sal pertença de fato ao povo e seus recursos sejam destinados para o combate à pobreza e investimento na educação e na saúde da população brasileira.

O próximo ano terá o desafio das eleições e, mesmo sabendo das limitações da democracia representativa burguesa, entendemos que é importante aproveitar esse momento, em que a população se envolve no pleito, para fazer um grande debate. É momento oportuno para discutir os problemas sociais e estruturais do país e pautar a necessidade da construção de um projeto popular para o Brasil. Precisamos votar nos candidatos socialistas e progressistas, comprometidos com a Reforma Agrária, e não deixar que candidaturas de direita se elejam com votos dos trabalhadores.

O Brasil precisa mostrar ao mundo no próximo período que, mais do que ser o país das Olimpíadas ou da Copa, precisa ser um país de justiça social, para todos os seus cidadãos. Um país sem analfabetos e símbolo da produção agroecológica. Um país onde não haja mais concentração de terra, nem de renda. É esse o país que desejamos a todas e todos em 2010.

Fonte: MST