quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Os moradores do Dirceu, não erram na grafia: "AMI lutas e transforme realidades".


No dia 22 de janeiro será definida mais uma data para eleição da Associação de Moradores do Itararé - AMI, entidade que possui um histórico de lutas importantes tornando-se referencia para os movimentos sociais urbanos em Teresina. Lutas contra o abuso das altas taxas mensais cobradas pela COHAB no final da década de 1970 e inicio de 1980. "Queimamos os carnês na frente da COHAB em protesto", lembra Anselmo Dias. Se hoje na avenida principal do Dirceu circula várias empresas de ônibus é devido não apenas o crescimento da cidade no entorno do conjunto, mas por conta da luta contra o monopólio da empresa de transporte na região encabeçada na época pela AMI, lembra Mendes. Se hoje o conjunto tem dois bancos (Brasil e Caixa Economica) é devido não apenas ao crescimento da economia, mas da campanha da AMI pela instalação do antigo Banco do Estado do Piauí no Dirceu numa conjuntura desfavorável para instalações de agencias bancárias, pois a época de FHC os bancos públicos estavam sucateados com vistas a serem privatizados. E o teatro na avenida Joaquim Nelson? Luta e mobilização da comunidade junto ao orçamento popular, lembra Araújo. Enfim, estará em jogo nessas eleições a continuidade dessas e de outras lutas dos moradores através da AMI e que fizeram o Dirceu, ser Grande. AMI as lutas, pois só através delas, transformamos realidades e ampliamos direitos.

Veja e responda porque B.Sá assumiu a Superitendência de Representação do Piauí em Brasília?


O ex-prefeito de Oeiras, Benedito de Carvalho Sá, o B.Sá, foi nomeado pelo governador Wilson Martins para a Superintendência de Representação do Piauí em Brasília (Surpi). O órgão é responsável pelo intercâmbio entre o governo federal e o Estado, com o objetivo de conseguir recursos para o Estado. Em entrevista ao site da região, B.Sá disse que aceitou o convite do Governador porque durante sua vida pública : "não acumulei fortunas e preciso trabalhar para sustentar a família”. Analisando esse fragmento de discurso do ex-deputado federal B.Sá por quatro mandatos o que podemos supostamente concluir:

a) O cargo não está a sua altura, mas aceitou porque tem que sustentar a família.
b) Não considera o cargo uma função pública, mas forma de obter sua sobrevivência.
c) Considera o cargo sem importância política, haja vista não ter "volomoso" orçamento e comissionados para indicar, apenas o salário e, talvez, o custeio de manutenção do escritório.
d) Não tem outra forma de trabalhar, apenas servindo-se do meio político.
e) Todas as respostas anteriores.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Desapropriação dos Agronegócios da escravidão Já!


A todo instante parcela conservadora de nossa sociedade representada pela opinião da revista VEJA se levanta exigindo ações mais radicais contra as ocupações do MST, mas se omitem em exigir uma posição mais radical contra o agronegócio escravocrata. Essas terras deviam ser desapropriadas e entregues aos trabalhadores vitimados pela ambição e o egoísmo desses empresários "modernos" do campo. E tem empresário do setor que desavergonhadamente fala do trabalhador rural do Piauí afirmando ser preguiçoso revelando o preconceito de classe coexistindo com a escravidão. Leiam a matéria abaixo e vamos a luta pela desapropriação de terras de empresários escravocratas.

Edmundo Neto

10 empregadores piauienses constam na lista suja do MTE


O Ministério de Trabalho e Emprego, divulgou nesta segunda-feira(03/01), a lista atualizada dos empregadores flagrados explorando mão de obra em todo o país.
O documento, conhecido como ‘lista suja’, conta com o nome de dez empregadores do Piauí. Os principais motivos de inclusão dos nomes na “lista suja”, são a não quitação das multas impostas, a reincidência na prática do ilícito e/ou em razão dos efeitos de ações em trâmite na Justiça. A maioria dos nomes de piauenses na lista foram inseridos em 2010. No caso empregador há mais tempo na relação, a situação é reincidente desde 2004 e acontece em Alvorada do Gurgueia. O caso com maior número de escravos entre os empregadores piauienses, aconteceu em Corrente, onde 95 trabalhos foram libertos.

Veja a lista suja do Piauí:

• Antônio Odalto Smith /Rodrigues de Castro - Perímetro Irrigado do Gurguéia - Alvorada do Gurguéia/PI

• Construtora Almeida Souza Ltda - Teresina – PI

• Construtora Lima e Cerávolo Ltda. - AHE Salto do Rio Verdinho, BR-135, Zona Rural, Corrente – PI

• Edson Rosa de Oliveira - Fazenda Boi Gordo, Zona Rural, Morro Cabeça no Tempo – PI

• Eduardo Dall Magro - Fazenda Cosmos, Ribeiro Gonçalves – PI

• Esperança Agropecuária e Indústria Ltda - Fazenda Serra Negra, Aroazes – PI

• Indústria, Comércio e Representações Família Betel Ltda. - Fazenda Nova Fé, Cajapió, Zona Rural,Parnaguá - PI

• Lírio Antônio Parisotto - Fazenda Lírio Antônio Parisotto, Caixa Postal 24, Zona Rural – Uruçuí/PI

• Pedro Ilgenfritz - Fazenda Alegria, Zona Rural, Antonio Almeida – PI

• Airton Rost de Borba - Fazenda Borba, Zona Rural, Monte Alegre do Piauí – PI

Fonte: 180 graus

http://180graus.com/politica/10-empregadores-piauienses-constam-na-lista-suja-do-mte-390834.html

sábado, 1 de janeiro de 2011

GOVERNO WILSON: entre a efetividade da gestão e os interesses políticos privados


Analisando os discursos do governador e a dinâmica da realidade é possível identificar uma encruzilhada nada fácil de administrar, ou seja, um conflito entre o desejo do governador em fazer uma gestão efetiva do ponto de vista do aprofundamento das transformações sociais e econômicas e uma classe política (sociedade também) desprovida de partidos políticos consistentes.

A compatibilização entre o critério técnico e político na ocupação dos cargos reflete esse conflito. Os interesses políticos privados passam a constituir mais peso revelada na fragilidade do coletivo partidário e no descontentamento dentro das agremiações. O mandato, apesar de ser do partido, é resultante de uma eleição pessoal.

Com efeito, é comum expressões do tipo: “Helio Isaías (vice-presidente do PTB) sic não me representa nas negociações”. No caso do PDT, a perspectiva é agradar os aliados de primeiro momento e os dissidentes que retornaram a ser aliados. O PT sai de cena como agremiação hegemônica implicando também numa difícil equação em manter-se no poder como antes. Daí o teatro do descontentamento que poderá diminuir, mas não vai acabar, pois é impossível manter todos os protagonistas no mesmo palco. A conquista da prefeitura de Teresina é a esperança daqueles que vêem atualmente a estrela brilhar menos.

Quanto ao PMDB, isso é comum, infelizmente na política nacional, dos governantes precisarem da agremiação para governabilidade. Isso significa negociar com a direção ou com alguma comissão aprovada pela mesma, mas também negociar pessoalmente com todos os detentores de mandato promovendo um custo político e até econômico sem precedentes ao Estado brasileiro e a uma gestão austera e de resultados. Fica difícil com ou sem o PMDB. Com ele representa um governo menos técnico, menos político e muito mais politiqueiro. Sem ele, talvez o governador, não governe pois passaria a condição de oposição.

Pelo menos o partido do governador (PSB), parece até o momento não apresentar publicamente problemas de descontentamentos quanto a organização dessa nova gestão. Isso é explicável e contraditoriamente revela a fragilidade do próprio partido, pois a agremiação nesses últimos quatros anos foi forjada pessoalmente de forma habilidosa diante da perspectiva que hoje se torna realidade: a conquista do poder pelo vice-governador e presidente da sigla no Piauí. Ressalta-se a necessidade de lembrar do trabalho incansável de Wilson desde o primeiro momento de sua posse como vice-governador. Agora, para viabilizar-se como um nome de peso o cargo foi importante, mas não suficiente. Ele conseguiu articular uma rede de aliados em vários municípios e filiá-los ao PSB, transformando a agremiação, na segunda com maior número de prefeitos, superando o PT, partido do governador com mais consistência partidária, ou melhor dizendo de tendências partidárias, hoje diluídas em figuras, e o PMDB com forte inserção no interior do estado, mas com lideres dispersos sem interesses em projetos comuns. Nesse sentido, o PSB no Piauí ao ser reflexo da virtuosidade política de Wilson, o governador, não será problema para atual gestão.

Portanto, o custo seria bem menor, mais democrático e transparente para o atual gestor e a sociedade se as negociações fossem partidárias. Mas como nossa fragilidade partidária impede esse fato, a lamentação recente de Wilson em afirmar a urgência de uma reforma política traduz uma plena consciência vivenciada nesse processo de formação do governo. Mas também implica o desafio de compatibilizar o técnico com a constrangedora cultura "política-privada" e, não essencialmente partidária existente. Isso pode ser notado no processo difícil de conciliar interesses para formar o atual quadro gestor. Entretanto, analisando o discurso de posse do governador, podemos evidenciar que a despeito da continuidade do perfil de lideres pessoais e até tradicionais da política piauiense, salvo algumas exceções, Wilson deve imprimir um governo com controle de gestão pois destacou bastante que não importa o cenário, e talvez, nem os atores, o destino do Piauí será protagonizado por ele. Nesse sentido, retornamos ao desejo de Wilson, se ele diz que o caratér de sua gestão é fazer muito com pouco, implicando em resultados favoráveis ao desenvolvimento do Piauí, ele coordenará esse esforço, como coordenou sua pré-campanha e campanha, de forma incansável, centralizadora e motivadora.